Abstract Objectives: to evaluate the association of pre-pregnancy and current body mass index and the density of dietary macronutrients on underreporting of energy intake at pregnancy. Methods: cross-sectional analysis of 327 postpartum women from the city of Mesquita, in Rio de Janeiro. A food frequency questionnaire was administered at maternity ward having the last six months of the pregnancy as the time frame. Energy balance was considered as the outcome, and it was calculated as the division of energy intake by basal metabolic rate (underreport <1.35). Multivariate logistic regression was applied to test the associations between body mass index (pre-gestational and postpartum) on energy balance (underreport or not). Dietary density of protein (4th quartile), carbohydrate (1st quartile) and fat intake (1st quartile) were tested. Results: mean energy intake was 2,894 kcal and near of 25% of the women were considered as underreported during pregnancy. Obese women had higher chance (OR=1.90; CI95%=1.09-3.33) of being underreported at pregnancy. Underreported women presented greater chance of report dietary intake with higher contents of protein (OR=2.37; CI95%=1.37-4.09) and lower density of fat (OR= .81; CI95%=1.04-3.15). Conclusion: underreported pregnant women had higher chance of report great and lower amounts of protein and fat dietary densities.

Resumo Objetivos: avaliar a associação entre o índice de massa corporal pré-gestacional e pós-parto e a densidade de macronutrientes da dieta com o sub-relato de energia da dieta na gestação. Métodos: análise transversal com 327 puérperas da cidade de Mesquita, no Rio de Janeiro. Aplicou-se o questionário de frequência alimentar na primeira semana após o parto tendo como base o consumo dos dois últimos trimestres gestacionais. O balanço energético foi calculado a partir da divisão da ingestão de energia pela taxa metabólica basal (sub-relato<1,35). Adotou-se a regressão logística multivariada para analisar as associações entre os índices de massa corporal e a densidade dos macronutrientes da dieta (proteína, carboidratos e lipídios) com o balanço energético (sub-relato ou não). Resultados: a ingestão média de energia foi de 2.894 kcal e 25% das mulheres foram classificadas com sub-relato. Mulheres obesas no pós-parto tiveram maiores chances (OR=1,90; IC95%=1,09-3,33) de sub-relato de energia na gravidez e gestantes com balanço energético <1,35 apresentaram dieta com maior densidade de proteína (OR=2,37; IC95%=1,37-4,09) e menor densidade de gordura (OR=1,81; IC95%=1,04-3,15). Conclusão: a obesidade no pós-parto foi associada ao sub-relato de energia na gravidez e o balanço energético associou-se a densidade dos macronutrientes da dieta

RESUMO Objetivo Este trabalho visou verificar a associação entre as características rurais e o estado nutricional de adolescentes da zona rural do município de Macaé, RJ. Métodos Trata-se de um estudo transversal com dados antropométricos secundários, coletados no âmbito da Secretaria Municipal de Educação de Macaé entre 2013 e 2014. A base de dados refere-se ao total de adolescentes da única escola de ensino médio do meio rural da cidade. Fez-se regressão logística de Poisson, tendo o excesso de peso (sobrepeso ou obesidade – Índice de massa-corporal-para-idade igual ou maior que um escore-Z) como variável resposta, usada de forma dicotômica. As variáveis independentes foram: sexo, situação socioeconômica e três variáveis “sim ou não”, que expressam características rurais. Resultados Os adolescentes (total=109) tinham idade entre 14 e 18 anos (média=16,6 anos); 64,2% eram meninas, 52,3% apresentavam com horta ou pomar em seus domicílios, 19,4% possuíam criação de animais para fins de consumo e 17,6% tinham pais/responsáveis com ocupação agrícola. A prevalência de excesso de peso foi 18,0% nos meninos e 20,0% nas meninas. Ter horta/pomar implicou em significativa maior chance de excesso de peso, tanto na análise bivariada quanto no modelo ajustado por sexo (Razão de Prevalência=2,95; Intervalo de Confiança=1,17-7,44). Conclusão Com base em uma associação significativa em nível municipal, os resultados ressaltam diferenças nutricionais entre estudos locais e de maior âmbito, bem como variações dentro de uma mesma área rural. Estes achados apontam a necessidade de se avaliar mais detalhadamente aspectos rurais em estudos sobre determinantes causais do estado nutricional.

ABSTRACT Objective This study aimed to verify the association between rural characteristics and the nutritional status of adolescents from the rural area of Macaé, a municipality in Rio de Janeiro, Southeast Brazil. Methods This is a cross-sectional study based on secondary anthropometric data, collected at the Macaé Municipal Department of Education between 2013 and 2014. The database refers to the total number of adolescents in the only high school in the rural area of the city. Poisson logistic regression was performed, having excess weight (overweight or obesity- Body Mass Index-for-age equal to or greater than one Z-score) as the dependent variable, used dichotomously. The independent variables were sex, socioeconomic status and three “yes or no” variables that express rural characteristics. Results The adolescents (total=109) were between 14 and 18 years old (mean=16.6 years), 64.2% were girls, 52.3% had vegetable gardens or orchards in their household, 19.4% had animal breeding for consumption purposes and 17.6% had parents/guardians working in the agricultural sector. The prevalence of excess weight was 18.0% in boys and 20.0% in girls. Having a garden/orchard implied a significantly higher chance of having excess weight, both in the bivariate analysis and in the sex-adjusted model (Prevalence Ratio=2.95; Confidence Interval=1.17-7.44). Conclusions Based on a significant association at the municipal level, the results highlight nutritional differences between local and large-scale studies, as well as variations within the same rural area. These findings point out the need to evaluate rural aspects in more detail in studies on underlying determinants of nutritional status.